segunda-feira, 8 de novembro de 2010
2016 - Não são apenas as obras que estão atrasadas, mas a visão de muitos também...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Reflorestamento é melhor que biocombustível para ambiente, diz estudo
A preservação de áreas verdes e o reflorestamento são maneiras mais eficientes de combater o aquecimento global do que o uso de biocombustíveis, segundo um estudo britânico publicado na revista "Science".
O estudo é o primeiro a calcular as emissões de carbono durante todo o ciclo dos biocombustíveis --das plantações à extração e à transformação em combustível-- e a comparar os resultados ao armazenamento de carbono em ecossistemas.
A conclusão da pesquisa é que as florestas podem absorver de duas a nove vezes mais carbono em um período de 30 anos do que as emissões evitadas pelo uso de biocombustíveis.
Logo, de acordo com os pesquisadores, seria mais eficiente reflorestar áreas cultiváveis do que usá-las para a plantação de matéria-prima para biocombustíveis.
Os autores Renton Righelato e Dominick Spracklen afirmam que a política de biocombustíveis está sendo desenvolvida sem que as implicações de seu uso sejam conhecidas.
"A principal razão do comprometimento com os renováveis era o corte nas emissões de dióxido de carbono. Na nossa visão, essa política está errada porque ela é menos efetiva que o reflorestamento", Righelato disse à BBC.
O estudo afirma ainda que vastas áreas serão desmatadas em várias partes do mundo para que as metas de uso de biocombustíveis possam ser alcançadas, o que teria um impacto imediato e considerável no ciclo de carbono.
"O estoque de carbono nas florestas fica entre 100 e 300 toneladas por hectare. Três quartos disso são perdidos no primeiro ano, durante desmatamento e queimadas. Levaria --em todos os casos que examinamos-- entre 50 e 100 anos para que esse carbono fosse recuperado pela produção de biocombustíveis", explicou Righelato.
Segundo os pesquisadores, a ênfase das políticas contra o aquecimento global deveria ser colocada no aumento da eficiência do uso de combustíveis fósseis combinado ao investimento em outras fontes de energia renovável, livres de carbono, além do reflorestamento de terras aráveis que não estão sendo usadas para a produção de alimentos.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Educação e esporte a combinação perfeita
Quando falo em esporte não estou me referindo à Educação Física e sim a uma opção esportiva. O esporte é uma ramificação da Educação Física, porém deve existir independente dela. O professor de Educação Física deve sim proporcionar o conhecimento de cada esporte para que o indivíduo possa optar, com competência, qual esporte gostaria de praticar. A Educação Física faz parte do currículo escolar e é aplicada no período em que o indivíduo freqüenta as aulas. O esporte deve ser proporcionado pela escola em horário oposto às aulas para que o indivíduo possa freqüentar e se dedicar.
O esporte tem a magia de integrar o indivíduo independente da classe social, raça ou religião. Desenvolve no indivíduo a capacidade de trabalhar em grupo, de cumprir horário, de saber ouvir, de conhecer o próprio limite, conhecer o próprio corpo, de admitir que precisa melhorar, respeitar as diferenças e tantos outros aspectos tão difíceis de serem conscientizados, além de evitar o sedentarismo tão comum nos dias de hoje onde o indivíduo passa horas sentado em frente a um computador ou a uma televisão seja assistindo ou jogando videogame.
O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem.
Presenciamos no Pan-americano 2007 que nossos atletas embora estejam nos proporcionando tanta alegria pelo desempenho que estão tendo, não tiveram o mínimo de incentivo nem das escolas, nem do governo. Em cada entrevista com nossos atletas vencedores ficamos sabendo que o esforço foi próprio e de algum “anjo bom” que o auxiliou e o incentivou muitas vezes até comprando um par de tênis para que ele parasse de treinar descalço.
É realidade que os patrocinadores investem em times que estão ganhando. O atleta que tem potencial e quer treinar, porém ainda não se destacou ninguém o enxerga. Somente após uma medalha conseguida é que ele passa a ser conhecido e então patrocinado. Ocorre que para chegar neste estágio ele teve que se dedicar muito e só conseguiu com o apoio da família e com a própria força de vontade.
Escola e esporte é a combinação perfeita para uma sociedade mais justa.
O jovem que estuda num período e que pratica esporte no outro, dentro da própria escola, se manterá ocupado com atividades prazerosas e não estará ocioso nas ruas ocupando o seu tempo aprendendo o que não deve.
O próprio presidente Lula afirmou que fica muito mais barato para o governo investir em programas de incentivo ao esporte do que na manutenção desse mesmo indivíduo em presídios por ter cometido delitos. Já que se tem esta consciência, vamos colocá-la em prática.
O esporte sozinho não consegue formar integralmente o indivíduo daí a necessidade da parceria com a educação. Havendo esta parceria o indivíduo será desenvolvido em suas competências cognitivas, sociais, pessoais e produtivas.
Europa quer reduzir emissões às custas das florestas latino-americanas
Apesar das advertências científicas e denúncias feitas por entidades internacionais sobre a ameaça que os biocombustíveis representam às florestas e para a segurança alimentar das pessoas, muitos governos da União Européia e da América Latina continuam promovendo a produção em grande escala do produto.
"Os produtores de biocombustíveis estão colocando em perigo a subsistência das populações mais pobres do mundo ao influenciar os preços dos alimentos", denunciou Testa.
"Por outro lado, a extensão de cultivos de milho, soja ou cana-de-açúcar influenciam também nas terras agrícolas disponíveis, provocando destruição - direta e indiretamente - de ecossistemas naturais, como as florestas tropicais", afirmou.
A regulamentação européia estipula que os combustíveis usados no transporte deverão ter 5,75% de biocombustíveis até 2010 e 20% até 2020.
"A Europa estabeleceu um número que excede sua capacidade de produção e por isso incentiva os países latino-americanos a se tornarem provedores de biocombustíveis no mercado internacional, colocando em risco seu patrimônio natural", criticou Juan Carlos Villalonga, diretor político do Greenpeace Argentina.
sábado, 22 de novembro de 2008
Onda Verde
Além do marketing ambiental, que se tornou estratégia para atrair clientes, existe outra prática recorrente nos últimos tempos, o greenwash, ou verniz verde, expressão usada para se referir a empresas que induzem os consumidores a erros sobre os benefícios ambientais de seus produtos. Em virtude disso, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável lançou nos dias 4 e 5 de setembro, num simpósio em São Paulo, uma ferramenta para selecionar fornecedores e insumos dentro dos critérios de sustentabilidade. A medida tem como objetivo dar maior transparência evitando que os consumidores sejam vítimas de empresas que, por meio de propagandas, tentam aparentar preocupações ambientais e compromisso com a sustentabilidade, mas na verdade não o faz
Carla Muniz, engenheira que faz pesquisa sobre insumos sustentáveis, diz que muitas vezes os produtos até têm alguns benefícios, mas são tão irrelevantes que não podem ser considerados como sustentáveis. "As empresas costumam valorizar os aspectos positivos de suas mercadorias e omitir o que é negativo", diz a engenheira. Dessa forma, o consumidor não tem elementos suficientes para avaliar o que está comprando e acaba sendo induzido a erro. Há ainda, propagandas muito vagas, algumas dizem que o produto é "verde", "ecologicamente produzido", sem nenhuma explicação. É uma promessa vaga, porque não diz exatamente do que se trata.
Entretanto, é necessário diferenciar marketing ambiental de greenwash. O marketing é muito mais que publicidade, é a adoção de políticas ambientais em todas as atividades de uma empresa, inclusive no seu produto ou serviço. "No greenwash não há preocupação real com o meio ambiente e sim com a imagem ou lucratividade da empresa", explica o gestor ambiental Rafael de Castro. É apenas uma propaganda para iludir o consumidor sobre a preocupação do empreendimento com questões ambientais.
Segundo Carla Muniz, além das propagandas, as empresas também fazem uso de selos que atestam a preocupação ambiental. "É claro que existem muitos selos de instituições sérias, mas há também os falsos", afirma. Muitas ONGs tem selos que reconhecem empresas preocupadas com as causa socioambiental. Elas fazem parceirias com instituições em prol do meio ambiente. A Avina (Fundação Suíça de Meio Ambiente) apóia muitas ONGs que, por sua vez tem um trabalho de acompanhamento dos empreendimento para checar se de fato estão adotando políticas ambientais.
O cidadão deve ficar atento ao greenwash para não ser enganado. "Há boa intenção por parte dos consumidores e as empresas se aproveitam disso", diz Rafael. No Brasil ainda não foi feita nenhuma pesquisa para analisar as promessas de sustentabilidade nas embalagens de produtos. Mas em abril deste ano, o Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária) suspendeu duas campanhas publicitárias da Petrobras. A suspensão ocorreu porque os anúncios passavam uma falsa idéia de que a empresa contribui para o desenvolvimento sustentável do país, quando na verdade a estatal produz um óleo diesel com altos níveis de enxofre.
Ana Carla Rocha - www.iesb.br/
sábado, 21 de junho de 2008
“Esporte de Aventura X Preservação Ambiental”
Opiniões diversas estão presentes sobre o impacto da Corrida de Aventura ao meio ambiente. De um lado Associações Preservacionistas e Ambientalistas do outro Organizadores e Corredores de Aventura todos com discursos convincentes, posições radicais e opostas.
Sem duvida quando analisamos singularmente a Corrida de Aventura, temos que notar seu impacto ambiental. A presença de centenas de atletas transitando por trilhas e caminhos muitas vezes não demarcados, a atitude de alguns destes “mal orientados e educados atletas” deixando resíduos por onde passam, não pode ser ignorada pela natureza e pelos seus amantes.
No entanto a Corrida de Aventura não deixa somente suas marcas imediatas, com ela em modo geral vem uma grande exposição do local por onde passou, e toda a exuberância de sua natureza passa a ser conhecida por pessoas comuns.
Há muito se sabe que preservar esta bem distante de ocultar, que os lugares mais ocultos sofrem por devastações causadas por culturas de subsistências (um dos maiores problemas dos Parques Nacionais), e que o Turismo Sustentável é eficiente ferramenta para preservação ambiental.
Logo a Corrida de Aventura com toda sua exposição de mídia se bem direcionada passa a ser uma eficiente ferramenta de Preservação Ambiental.
Fazendo uma analogia da natureza com uma criança, poderíamos dizer que “Corrida de Aventura serve como uma boa palmada que quando bem direcionada, educa e preserva para o resto da vida, mas se mal dirigida pode ser uma simples surra que nada agrega e somente deixa sua marca”.
Cabe aos organizadores de Corrida de Aventura a responsabilidade pelos locais por onde passam suas provas, para que estas não deixem somente marcas negativas, bem como a todos os educadores formadores de atletas, atletas e amantes do esporte a responsabilidade de causar o mínimo de impacto possível, buscando não somente a preservação da natureza, mas também a do esporte.
José Caputo.
Arquiteto Ambientalista e atleta precursor
de corrida de aventura no Brasil.
texto publicado no Guia Ecoadventure 2003/2004
quinta-feira, 6 de março de 2008
Mountainbike - Nutrição
Para se ter idéia, o gasto calórico de uma atleta de mountain bike pode chegar a 6000 calorias por dia. Essas calorias devem ser preenchidas, em sua maioria, de alimentos fontes de carboidratos, que representam a maior fonte energética durante a atividade esportiva. De uma forma geral, recomenda-se que a dieta do atleta de mountain bike seja composta por uma quantidade de 60 a 70% de carboidratos.
As maiores fontes de carboidratos são massas, pães, arroz, batata, cereais e biscoitos. As proteínas também merecem atenção especial, pois estão intimamente ligadas aos processos de recuperação muscular. São fontes de proteínas as carnes em geral, frango, peixe, leite e derivados. Esses alimentos, assim como deve acontecer com os carboidratos, devem estar presentes em todas as refeições dos atletas.
Cuidados nutricionais pré-treino ou competição:
O principal objetivo nesta fase é armazenar energia no músculo. São aumentados, portanto, os carboidratos na dieta. Em casos de competição, esses alimentos devem ser aumentados maciçamente três dias antes da prova. Os alimentos ricos em proteínas (carnes, frango, ovos, queijos etc) devem ser ingeridos em menores proporções, já que a maior fonte de energia deve ser proveniente dos carboidratos.
É importante evitar a ingestão de gorduras, grãos e fibras (folhas, verduras e legumes), que podem causar má digestão. É também importante fracionar a dieta em pelo menos cinco refeições diárias, evitando que o estômago fique muito cheio, e aumentando assim o conteúdo de energia. Caprichar na hidratação é também fundamental para a performance.
Café da manhã pré-competição
Deve-se evitar a ingestão de fibras e alimentos gordurosos, pois podem causar desconforto gastrintestinal logo antes da prova, ou até durante, diminuindo o desempenho. Deve-se retirar as cascas e bagaço das frutas e evitar alimentos estranhos, com os quais não se está acostumado. A dieta deve ser à base de carboidratos e com pouca proteína. Por exemplo: pão com queijo e geléia + 1 suco + 1 pedaço de bolo simples
Reposição nutricional durante treinos e competições
Durante a prática, deve haver preocupação em sempre carregar água e, preferencialmente, bebidas esportivas nas caramanholas ou camel back, pois estas últimas, além de hidratar, fornecem carboidratos. Deve-se também carregar alimentos práticos (barras energéticas, gel de carboidrato, frutas, frutas secas, biscoitos, sanduíches de fácil digestão, como os feitos com bisnaguinha, ou algo igualmente rico em carboidratos e fácil de carregar).
Nessa fase, sugere-se a ingestão de alimentos e bebidas ricas em carboidratos em intervalos de 30 minutos, poupando-se o glicogênio muscular. Deve-se consumir de 30 a 50 gramas de carboidratos por hora, na forma de alimentos e/ou bebidas. A ingestão de líquidos também é fundamental para o desempenho, por isso deve-se tentar beber no mínimo 500ml por hora.
Dicas para o pós-exercício:
Nessa fase, tida como de extrema importância a recuperação total dos atletas, é importante repor as energias gastas durante a atividade extenuante. Nas primeiras horas após a prática, deve-se consumir carboidratos como pães, batatas, macarrão, arroz, etc. Isto irá ajudar na recuperação dos estoques de energia.
A reposição de proteínas, por meio da ingestão de leite ou derivados, ovos, frango, peixes ou outras fontes magras, também deve ocorrer nesta fase. Uma boa dica de refeição na fase pós-prova é um prato de massa com frango ou 1 sanduíche de frios + frutas. Imediatamente após a prova o atleta deve começar a repor os líquidos (água, bebidas isotônicas, sucos, refrigerantes), devendo fazê-la continuamente de forma fracionada.
Equipe RGNutri