quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Reflorestamento é melhor que biocombustível para ambiente, diz estudo

da BBC Brasil
A preservação de áreas verdes e o reflorestamento são maneiras mais eficientes de combater o aquecimento global do que o uso de biocombustíveis, segundo um estudo britânico publicado na revista "Science".
O estudo é o primeiro a calcular as emissões de carbono durante todo o ciclo dos biocombustíveis --das plantações à extração e à transformação em combustível-- e a comparar os resultados ao armazenamento de carbono em ecossistemas.
A conclusão da pesquisa é que as florestas podem absorver de duas a nove vezes mais carbono em um período de 30 anos do que as emissões evitadas pelo uso de biocombustíveis.
Logo, de acordo com os pesquisadores, seria mais eficiente reflorestar áreas cultiváveis do que usá-las para a plantação de matéria-prima para biocombustíveis.
Os autores Renton Righelato e Dominick Spracklen afirmam que a política de biocombustíveis está sendo desenvolvida sem que as implicações de seu uso sejam conhecidas.
"A principal razão do comprometimento com os renováveis era o corte nas emissões de dióxido de carbono. Na nossa visão, essa política está errada porque ela é menos efetiva que o reflorestamento", Righelato disse à BBC.
O estudo afirma ainda que vastas áreas serão desmatadas em várias partes do mundo para que as metas de uso de biocombustíveis possam ser alcançadas, o que teria um impacto imediato e considerável no ciclo de carbono.
"O estoque de carbono nas florestas fica entre 100 e 300 toneladas por hectare. Três quartos disso são perdidos no primeiro ano, durante desmatamento e queimadas. Levaria --em todos os casos que examinamos-- entre 50 e 100 anos para que esse carbono fosse recuperado pela produção de biocombustíveis", explicou Righelato.
Segundo os pesquisadores, a ênfase das políticas contra o aquecimento global deveria ser colocada no aumento da eficiência do uso de combustíveis fósseis combinado ao investimento em outras fontes de energia renovável, livres de carbono, além do reflorestamento de terras aráveis que não estão sendo usadas para a produção de alimentos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Educação e esporte a combinação perfeita

Sabemos que a prática de esporte é um instrumento educacional que propicia o desenvolvimento tanto individual quanto social da criança.
O esporte, infelizmente, não é utilizado pelas instituições educacionais na proporção que deveria. Através da prática esportiva promovemos a socialização, a rotina, o cumprimento de regras, o respeito, a persistência, o saber competir, o aguardar a sua vez, o romper limites, o saber ganhar, o saber perder e muitos outros quesitos. É uma fonte inesgotável de conceitos éticos e morais tão importantes para a formação do indivíduo. 
Quando falo em esporte não estou me referindo à Educação Física e sim a uma opção esportiva. O esporte é uma ramificação da Educação Física, porém deve existir independente dela. O professor de Educação Física deve sim proporcionar o conhecimento de cada esporte para que o indivíduo possa optar, com competência, qual esporte gostaria de praticar. A Educação Física faz parte do currículo escolar e é aplicada no período em que o indivíduo freqüenta as aulas. O esporte deve ser proporcionado pela escola em horário oposto às aulas para que o indivíduo possa freqüentar e se dedicar. 
O esporte tem a magia de integrar o indivíduo independente da classe social, raça ou religião. Desenvolve no indivíduo a capacidade de trabalhar em grupo, de cumprir horário, de saber ouvir, de conhecer o próprio limite, conhecer o próprio corpo, de admitir que precisa melhorar, respeitar as diferenças e tantos outros aspectos tão difíceis de serem conscientizados, além de evitar o sedentarismo tão comum nos dias de hoje onde o indivíduo passa horas sentado em frente a um computador ou a uma televisão seja assistindo ou jogando videogame. 
O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem. 
Presenciamos no Pan-americano 2007 que nossos atletas embora estejam nos proporcionando tanta alegria pelo desempenho que estão tendo, não tiveram o mínimo de incentivo nem das escolas, nem do governo. Em cada entrevista com nossos atletas vencedores ficamos sabendo que o esforço foi próprio e de algum “anjo bom” que o auxiliou e o incentivou muitas vezes até comprando um par de tênis para que ele parasse de treinar descalço. 
É realidade que os patrocinadores investem em times que estão ganhando. O atleta que tem potencial e quer treinar, porém ainda não se destacou ninguém o enxerga. Somente após uma medalha conseguida é que ele passa a ser conhecido e então patrocinado. Ocorre que para chegar neste estágio ele teve que se dedicar muito e só conseguiu com o apoio da família e com a própria força de vontade. 
Escola e esporte é a combinação perfeita para uma sociedade mais justa. 
O jovem que estuda num período e que pratica esporte no outro, dentro da própria escola, se manterá ocupado com atividades prazerosas e não estará ocioso nas ruas ocupando o seu tempo aprendendo o que não deve. 
O próprio presidente Lula afirmou que fica muito mais barato para o governo investir em programas de incentivo ao esporte do que na manutenção desse mesmo indivíduo em presídios por ter cometido delitos. Já que se tem esta consciência, vamos colocá-la em prática. 
O esporte sozinho não consegue formar integralmente o indivíduo daí a necessidade da parceria com a educação. Havendo esta parceria o indivíduo será desenvolvido em suas competências cognitivas, sociais, pessoais e produtivas.
 
fonte: Educação e esporte a combinação perfeita  por  Cybele Meyer

Europa quer reduzir emissões às custas das florestas latino-americanas

"A produção de biocombustíveis está sendo impulsionada pelos governos dos países industrializados como uma solução 'rápida' para o problema das emissões de gases do efeito estufa, mas estão apenas criando mais problemas do que soluções. Se o que querem é proteger o clima, precisamos proteger as florestas primárias que sobraram", afirmou Maria Eugenia Testa, do Greenpeace Argentina.
Apesar das advertências científicas e denúncias feitas por entidades internacionais sobre a ameaça que os biocombustíveis representam às florestas e para a segurança alimentar das pessoas, muitos governos da União Européia e da América Latina continuam promovendo a produção em grande escala do produto.
"Os produtores de biocombustíveis estão colocando em perigo a subsistência das populações mais pobres do mundo ao influenciar os preços dos alimentos", denunciou Testa.
"Por outro lado, a extensão de cultivos de milho, soja ou cana-de-açúcar influenciam também nas terras agrícolas disponíveis, provocando destruição - direta e indiretamente - de ecossistemas naturais, como as florestas tropicais", afirmou.
A regulamentação européia estipula que os combustíveis usados no transporte deverão ter 5,75% de biocombustíveis até 2010 e 20% até 2020.
"A Europa estabeleceu um número que excede sua capacidade de produção e por isso incentiva os países latino-americanos a se tornarem provedores de biocombustíveis no mercado internacional, colocando em risco seu patrimônio natural", criticou Juan Carlos Villalonga, diretor político do Greenpeace Argentina.


fonte: greenpeace